https://www.youtube.com/watch?v=r8PU-LdVLOY
HISTÓRIA EDUC
quarta-feira, 8 de agosto de 2018
Tutorial para fazer máscaras africanas
1- Máscaras africanas com garrafa pet.
https://www.youtube.com/watch?v=r8PU-LdVLOY
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segunda-feira, 19 de março de 2018
sábado, 3 de março de 2018
A BAIXA IDADE MÉDIA
A
partir do século XI a Europa feudal passou por mudanças significativas, algumas
das quais merecem especial atenção:
1) expansão das áreas de cultivo em
razão da derrubada de florestas e da drenagem (retirar excesso de água) dos
pântanos.
2) a introdução de importantes inovações
técnicas, como:
a) o uso do arado de ferro (a
charrua) em lugar do arado de madeira.
b) a introdução do sistema de
cultura em três campos (rotação trienal). Antes eram usados
apenas dois campos (rotação bienal). A partir do século XI, cada área passou a
ser dividida em três campos. Enquanto dois campos eram cultivados, o terceiro
permanecia em descanso. Além disso, a cada ano, mudava-se o produto cultivado
nos campos que estavam em uso. Essa nova técnica permitia o descanso do solo e
garantia duas colheitas anuais.
c) um novo modo de atrelar o cavalo
usado para puxar o arado. O cavalo antes era atrelado pelo pescoço, o que limitava
bastante seu rendimento e o sufocava; a partir do século X, cavalo passou a ser
atrelado pelo peito, o que aumentava seu rendimento e resistência no trabalho.
d) o aprimoramento e difusão dos
moinhos acionados pela força do vento ou da água. Tais moinhos contribuíram
para aumentar a velocidade e a qualidade da moagem de grãos.
Com
a ampliação das áreas cultiváveis e a difusão das inovações técnicas, ocorreu
um aumento da produção de alimentos. As pessoas passaram a viver mais, a ter
mais filhos e as mortes por fome e doenças diminuíram. Essas mudanças todas
foram a causa e o efeito do aumento da população. Entre os séculos X e XIII,
população da Europa Ocidental saltou de 22 para 55 milhões de pessoas.
O revigoramento do
comércio e das cidades
Com
o aumento da oferta de alimentos já não havia necessidade de tanta gente para
trabalhar na agricultura. Então, muitos camponeses deixaram o campo e foram
para a cidade em busca de outro meio de vida. Alguns foram trabalhar como
artesãos (sapateiros, carpinteiros, ferreiros); outros se tornaram mercadores
ambulantes, levando e trazendo mercadorias de um lugar para outro. Os moradores
do campo passaram a trocar o que produziam (alimentos) por artigos produzidos
nas cidades (roupas, sapatos e móveis); isso estimulou o artesanato, o comércio
local e a vida urbana.
O comércio de longa
distância
A
partir do século XI o comércio de longa distância também se intensificou. Entre
as rotas comerciais mais importantes estavam:
Cidades italianas ao Oriente (via Mar
Mediterrâneo). Os mercadores de Gênova e Veneza compravam artigos de luxo
(sedas, perfumes, porcelanas) e especiarias nos Portos de Constantinopla,
Antioquia e Trípoli e os revendiam com grande lucro no norte da Europa.
Sul ao norte da Europa por terra.
Uma delas ligava Gênova a Burgues, passando pelas feiras da região de champagne
(França); a outra ligava Veneza a Hamburgo.
Cidades do norte da Europa por terra.
As cidades de Burgues, Bremem, Hamburgo, Lubeck, comerciavam entre si e com
outras cidades europeias, como Londres, na Inglaterra, e Novgorod, na Rússia.
As feiras comerciais
Com o
aumento do volume de comércio, surgiram também as feiras. As feiras medievais
duravam de 15 a 60 dias, aconteciam uma ou duas vezes por ano e reuniam
mercadores vindos dos mais diferentes lugares.
Como
cada comerciante comparecia à feira com a moeda de sua região, e como as moedas
tinham valores diferentes, surgiram os cambistas, pessoas que faziam o câmbio
(a troca) do dinheiro. Os cambistas colocavam as moedas sobre um banco de
madeira para examiná-las, por isso receberam o nome de banqueiros. Logo os
banqueiros passaram a fazer outras operações lucrativas, por exemplo,
empréstimos de dinheiro a juros.
Cidades novas e
antigas
Com
as inovações técnicas (como o uso da charrua, a rotação trienal, o moinho de
vento) diminuiu a necessidade de mão de obra na agricultura; muitas pessoas se
mudaram, então, do campo para as cidades. Nos primeiros séculos da Idade Média,
as cidades geralmente eram pequenas, com poucos moradores que viviam,
sobretudo, do trabalho no campo.
A
partir do século XI, no entanto, com o aumento do artesanato e do comércio, as
cidades cresceram e novas cidades surgiram. Algumas nasceram ao redor das
feiras; outras, às margem de rios, e outras, ainda, em torno do castelo de um
nobre. As cidades medievais eram chamadas de burgos, por isso seus
habitantes eram chamados de burgueses.
Mas
é preciso considerar que o processo de urbanização do Ocidente foi lento.
Ensina um historiador especializado no estudo da Europa medieval que: em
1300, menos de 20% da população do Ocidente reside em cidades e a maior
aglomeração é, de longe, Paris, com 200 mil habitantes, não mais.
Comerciantes,
artesãos e suas corporações
Em
muitas cidades medievais, uma pessoa só podia trabalhar em um ofício se
pertencesse a uma corporação, isto
é, a uma associação de profissionais de um mesmo ramo de atividade. As
corporações de ofício protegiam seus associados contra a concorrência e os
amparavam na velhice e na doença.
As
corporações de comerciantes eram chamadas de ligas a reuniam
profissionais de diversas cidades da Europa. A mais rica delas, a
Liga Hanseática, possuía numerosos navios e chegou a dominar o comércio
do norte europeu.
Os
artesãos também tinham suas corporações: a dos sapateiros, a dos tecelões, a
dos ferreiros e dos açougueiros. Cada corporação estabelecia as regras para o
ingresso na profissão e controlava o preço, a qualidade e a quantidade do que
ia ser produzido. Evitava-se, com isso, a concorrência entre os seus
associados. Um sapateiro não podia usar um tipo de couro inferior ao de seu
colega e nem cobrar um preço mais alto pelo sapato que havia feito.
O
artesão começava a vida como aprendiz, trabalhando na oficina de um mestre em
troca de alimentação, roupa e moradia; depois de algum tempo fazia uma prova
prática e, uma vez aprovado, tornava-se um oficial. O oficial recebia um
pagamento em dinheiro pelos seus serviços e, depois de cerca de sete anos de
trabalho, fazia outra prova: tinha que apresentar um produto que fosse
considerado uma obra – prima; se fosse aprovado, e tivesse juntado dinheiro
para abrir uma oficina própria, passava a ser um mestre.
As cidade se libertam
Grande
parte das cidades medievais se localizavam nas terras de um conde, duque ou
bispo, a quem os moradores tinham de pagar impostos e prestar serviços gratuitos
como consertar estradas e pontes.
Para
se libertarem desse controle e obter sua autonomia, os habitantes das cidades
procuravam unir seus esforços e comprar a carta de franquia, documento que
dava a eles o direito de administrar a sua cidade. Com essa carta em mãos, eles
elegiam representantes, que eram, geralmente, comerciantes ou banqueiros. É
dessa época o ditado que dizia: “o ar da cidade torna o homem livre”.
A força da Igreja
Na
Europa medieval, um espaço marcado pela violência, mortalidade elevada
(guerras, fome e doença) e a baixa expectativa de vida, a maioria da população
buscava refúgio e amparo espiritual na Igreja. Esse apego dos fiéis era um dos
pilares do poder da Igreja, mas sua força se devia também à organização e à
riqueza que ela possuía.
O
posto mais alto da Igreja era ocupado pelo bispo de Roma, que, no ano 455,
passou a ter autoridade sobre os outros bispos e, anos depois, passou a se
chamar papa. Abaixo do papa estavam os outros clérigos, desde bispos até padres
e párocos.
A
força da Igreja estava também na sua riqueza. Nos primeiros séculos da Idade
Média, a Igreja enriqueceu rapidamente por causa das doações de terras e
dinheiro que recebia de fiéis. Além disso, no século IV, a Igreja ganhou o
direito de não pagar impostos, o que lhe permitiu acumular mais bens. A Igreja
possuía muitos servos e era a maior proprietária de terras do Ocidente europeu;
isso numa época em que a principal fonte de riqueza era justamente a
terra.
Em defesa do
cristianismo
Muitos
membros da Igreja esqueciam-se da humildade e do amor ao próximo para levar uma
vida de luxo e ociosidade. Alguns cristão reagiam a isso retirando-se para
viver em grutas ou então em mosteiros, isto é, comunidades formadas de monges.
Já
existiam vários mosteiros na Europa do século V. Mas a vida monástica só se
difundiu no Ocidente a partir de 529, ano em que Bento de Núrsia fundou na
Itália a Ordem dos Beneditinos e fixou as chamadas Regras de São Bento, segundo
as quais os monges deveriam fazer votos de pobreza pessoal, de obediência
e de castidade
(abstenção de relações sexuais).
A
Ordem dos Beneditinos serviu de inspiração para várias outras ordens religiosas
criadas na Idade Média, como a Ordem dos Franciscanos, a Ordem das Clarissas, a
Ordem do Dominicanos, Ordem das Carmelitas e a Ordem dos Agostinianos.
As Cruzadas
Desde
o século V, cristãos europeus peregrinavam a centros religiosos, como Jerusalém
e Santiago de Compostela, para pagar uma promessa, fazer um pedido ou como
forma de penitência.
Em
1071, os turcos de religião muçulmana conquistaram Jerusalém e proibiram os
cristãos de visitar o túmulo de Jesus. Reagindo a isso, em 1095, o papa Urbano
II convocou os cristãos para uma guerra contra os infiéis, a fim de
reconquistar a Terra Santa (nome que se dá a Jerusalém). Tinha início, assim,
as Cruzadas,
expedições militares que partiram da Europa, entre os séculos XI e XIII, a fim
de combater os muçulmanos no Oriente.
Os
participantes das Cruzadas consideravam-se “marcados pelo sinal da cruz”, por
isso bordavam uma cruz na roupa. Daí o nome de Cruzadas. As Cruzadas reuniram
milhares de pessoas: homens, mulheres, crianças, nobres e camponeses, ricos e
mendigos, civis e religiosos. Os nobres iam a cavalo e bem armados; a maioria,
porém, ia a pé e sem armas.
Os
motivos das Cruzadas foram de ordem material, social e religiosa:
*
as
pessoas comuns esperavam obter a salvação eterna, pois a Igreja
prometia aos participantes o perdão dos pecados;
*
os
nobres esperavam obter terras e outras riquezas orientais;
*
os
mercadores ambicionavam aumentar o comércio com o Oriente;
*
os
dirigentes da Igreja queriam desviar a violência praticada pela nobreza
guerreira, deslocando-a para fora da Europa.
Primeira Cruzada (1096
– 1099)
– Foi liderada por nobres vindos de várias partes da Europa e conseguiu
conquistar Jerusalém.
Segunda
Cruzada (1147 – 1149) – Foi liderada pelo rei da França e o imperador da região
onde é hoje a Alemanha. Os líderes se desentenderam e a expedição foi
facilmente derrotada.
Terceira
Cruzada (1189 – 1192) – Foi liderada pelos reis da França e da Inglaterra e
pelo imperador da região onde é hoje a Alemanha. Os cruzados estabeleceram um
acordo com os muçulmanos que, na época, haviam reconquistado Jerusalém; o
acordo permitia aos cristãos realizarem peregrinações a Jerusalém novamente.
Quarta
Cruzada (1201 – 1204) – Essa Cruzada foi motivada principalmente por interesses
econômicos. Os comerciantes de Veneza ajudaram os cruzados fornecendo navios,
alimentos e dinheiro. Em troca, exigiam que os cruzados atacassem uma cidade
que também era cristã – Constantinopla – pois os comerciantes dessa cidade eram
seus concorrentes no comércio. E assim foi feito.
Cruzadas
e o comércio
As
Cruzadas provocaram mudanças importantes no Ocidente europeu, entre as quais
cabe citar:
a) o aumento do comércio entre Ocidente e
Oriente e entre as várias regiões da Europa;
b) a maior participação dos europeus,
especialmente dos italianos, no rico comércio de especiarias e artigos de luxo
orientais pelo Mar Mediterrâneo; esse comércio era feito com os mercadores
muçulmanos;
c) o enfraquecimento da nobreza guerreira que
se endividou e perdeu parte de seus membros nas Cruzadas;
d) a intensificação do comércio de curta e de longa
distância, o que contribuiu para a prosperidade dos comerciantes europeus e
suas cidades.
Conhecimento e a arte
O
revigoramento do comércio e das cidades, ocorridos a partir do século X,
favoreceu mudanças na área do conhecimento e da arte; a importância do
conhecimento e do cálculo para a burguesia; o clima de maior liberdade das
cidades; o aumento das trocas comerciais e culturais entre pessoas de
diferentes regiões; tudo isso favoreceu o avanço da ciência e a criação das
universidades.
A universidade
A
universidade foi uma criação medieval e pode ser definida como uma associação
de professores ou de alunos de alunos com a intenção de buscar o conhecimento.
A Universidade de Bolonha (Itália), por exemplo, foi criação de uma associação
de alunos; já a de Paris (França) nasceu de uma associação de professores.
A
primeira universidade da Europa foi a de Bolonha (século XII); depois foram
fundadas várias outras, como Oxford e Cambridge (Inglaterra), Paris e
Montpellier (França), Salamanca (Espanha) e Coimbra (Portugal). A universidade
era formada geralmente por quatro faculdades: Artes, Medicina, Direito e
Teologia.
Crises, doenças e
revoltas
Vimos
que, entre os 1000 e 1300, a Europa prosperou, embalada pelo crescimento da
população e das cidades. Nas primeiras décadas do século XIV, no entanto,
iniciou-se na Europa uma crise prolongada marcada por fome, doenças, guerra e
revoltas sociais.
Naquelas
décadas, a oferta de alimento tornou-se insuficiente para atender a população,
que crescia em ritmo acelerado; além disso, ocorreram chuvas torrenciais
seguidas de más colheitas, e áreas agrícolas passaram a ser usadas a criação de
ovelhas e extração da lã. Isso tudo ajuda a explicar uma crise de fome ocorrida
entre 1315 e 1317, que matou milhares de europeus. Além disso, as condições de
higiene na Europa eram péssimas; o lixo das casas era lançado nas ruas e não
havia serviço de coleta, encanamento ou esgoto. Fome e falta de higiene
colaboraram para que uma terrível epidemia, a “grande peste”, atingisse
toda a Europa, desde Portugal, a oeste, até a Rússia, a leste.
A
peste era transmitida por pulgas que picavam os ratos e, depois, os seres
humanos. Calcula-se que entre 1347 e 1350 a grande peste matou cerca de um
terço da população europeia. Maior que essa doença, só o medo causado por ela.
Houve casos em que a população abandonou sua cidade só por ouvir dizer que a
peste vinha chegando.
A Guerra dos Cem Anos
Um
episódio que também contribuiu para a crise do século XIV foi a Guerra dos Cem
Anos (1337 – 1453): um conflito armado entre a França e a Inglaterra que, na
verdade, durou 116 anos e foi interrompido diversas vezes. Os principais
motivos dessa longa guerra foram as disputas pela rica região de Flandres e o
interesse do rei da Inglaterra em se tornar também rei da França.
Inicialmente
os ingleses conseguiram várias vitórias sobre os franceses e ocupara partes de
seus domínios, inclusive a cidade de Paris. Depois, o exército profissional de
Carlos VII conseguiu libertar Paris das mãos dos Ingleses. A partir de Paris
ele organizou o governo e a cobrança de impostos fortalecendo, assim, o poder
monárquico.
A
Guerra dos Cem Anos colaborou também para que a burguesia dos dois reinos
ganhasse força, passando a ocupar importantes cargos na administração pública.
Já a nobreza se enfraqueceu, pois muitos nobres franceses e ingleses morreram
no conflito. Um destaque desta guerra foi a atuação da jovem Joana d’Arc.
Rebeliões camponesas
Com
as mortes provocadas por fome, peste e/ou guerra, começou a faltar mão de obra
nos campos e a produção agrícola diminuiu, acarretando prejuízos para a
nobreza. Para compensar suas perdas, a nobreza aumentou seu controle sobre os
camponeses e os tributos pagos por eles. Os camponeses, por sua vez, reagiram
incendiando colheitas, fugindo e promovendo revoltas. Exemplos dessas revoltas
foram a Jacquerie, (nome derivado de Jacques bon home, que pode
ser traduzido por “João Ninguém”, apelido que a nobreza dava aos camponeses)
na França (1538) e a Revolta de Watt
Tyler, na Inglaterra (1381).
Jacquerie
é, na verdade, o nome de uma série de revoltas que explodiram nas proximidades
de Paris e no interior da França, ao mesmo tempo. Os milhares de camponeses que
delas participaram incendiaram castelos e mataram muitos nobres. Estes reagiram
e, de posse de melhores armas e de treinamento militar, sufocaram a revolta,
massacrando os rebeldes.
Liderados
por Watt Tyler, cerca de dez mil camponeses ingleses se dirigiram a Londres e
exigiram do rei de seu país, Ricardo II, o fim da servidão e a diminuição dos
impostos pagos por eles. Na presença dos rebeldes o rei concordou, mas, em
seguida, voltou atrás e se uniu aos nobres, arrasando as aldeias camponesas.
Embora
tenham sido massacrados pelos exércitos do rei e da nobreza, essas revoltas
contribuíram para o enfraquecimento da servidão na Europa Ocidental.
RESPONDA:
Questão
1. A partir do século XI a Europa feudal passou por mudanças significativas.
Defina cada uma das mudanças abaixo, citando sua contribuição:
a)
expansão das áreas de cultivo.
b)
Charrua
c)
Rotação trienal de culturas
d)
Atrelamento do cavalo pelo peito
e)
Aprimoramento e difusão dos moinhos.
Questão
2. Cite as principais consequências das mudanças ocorridas na Europa, a partir
dos séculos X E XI.
Questão
3. Sobre o revigoramento das cidades e do comércio, a partir do século XI,
responda:
a)
Explique por que vários camponeses deixam o campo e se dirigem para as cidades?
b)
Quais funções esses camponeses assumiram nas cidades?
c) De
que forma essa transição modificou a vida comercial?
Questão
3. Explique o que eram as feiras comerciais?
Questão
4. Quem eram os cambistas? Cite sua importância.
Questão
5. A partir do século XI, com o aumento do artesanato e do comércio, as cidades
cresceram e novas cidades surgiram. Sobre
o surgimento de novas cidades na Europa Medieval, responda:
a) Em
quais locais surgiram as novas cidades?
b) Como
as cidades medievais europeias eram denominadas? E seus moradores? Como eram
chamados?
c)
Verifique e comente a seguinte afirmação: “A
partir do século XIV, a maior parte da sociedade europeia vivia nas cidades,
desfrutando da agitada e dinâmica vida urbana das cidades”.
Questão
6. Explique o que era uma corporação de ofício e quais eram os benefícios para
seus integrantes.
Questão
7. Sobre as Cruzadas, responda:
a) Por
qual razão tiveram início as Cruzadas? Defina o que foram esses movimentos
militares.
b) Cite
os motivos das Cruzadas para as pessoas
comuns; para os nobres; para os mercadores e para a Igreja.
c)
As Cruzadas provocaram mudanças importantes no Ocidente europeu, entre as quais
cabe citar:
Questão
8. Fale sobre a criação das universidades.
Questão
9. Vimos que, entre os 1000 e 1300, a Europa prosperou, embalada pelo
crescimento da população e das cidades. Nas primeiras décadas do século XIV, no
entanto, iniciou-se na Europa uma crise prolongada marcada por fome, doenças,
guerra e revoltas sociais. Dentre os motivos desta crise explique:
a) Por
quais motivos houve carestia de alimentos?
b) De
que forma a higiene contribuiu para a crise?
c) O
que foi a “grande peste”, também chamada de peste negra?
Questão
10. Responda as perguntas abaixo sobre a Guerra dos Cem Anos:
a) Por
que teve início a Guerra dos Cem Anos?
b)
Quais as consequências da Guerra dos Cem Anos para a burguesia e para a
nobreza?
Questão
11. Com quais objetivos os camponeses se revoltaram na Europa do século XIV?
Cite a principal contribuição social dessas revoltas.
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
FEUDALISMO
A
Europa Medieval formou-se por meio de um longo processo que combinou elementos
de origem romana, com outros de origem germânica e um outro ainda, que
contribuiu para unir romanos e germanos.
Dos
romanos a Europa medieval herdou o colonato (relação de trabalho em que
o camponês usava um pedaço de terra do proprietário para seu sustento e, em
troca, dava a ele uma parte da colheita). Dos germanos herdou o comitatus
(grupo de guerreiros unidos a um chefe militar, a quem deviam servir e honrar),
e houve ainda um terceiro elemento, igualmente importante, o cristianismo,
que possibilitou a ligação entre romanos e germanos e deu unidade àquele mundo.
Na
Europa medieval se desenvolveu um modo de organização da política, da sociedade
e da economia conhecido como feudalismo.
Vimos
que Carlos Magno distribuiu grandes terras e cargos a nobre (condes, duques,
marqueses) em troca de fidelidade e dependência pessoal (relação de
vassalagem). Com a morte de Carlos Magno, esses vassalos do rei e seus descendentes
passaram a fazer o mesmo; isto é, a doar um feudo a outro homem em
troca de fidelidade e dependência pessoal. A palavra feudo deriva do germânico vieh e significa “bem de importância”.
O
feudo era, muitas vezes, uma grande extensão de terra, mas podia ser também um
direito de cobrar impostos ou um cargo.
Relação de suserania
e vassalagem
Aquele
que doava um feudo era chamado suserano ou senhor, e o que recebia
era denominado vassalo. Dessa forma, por exemplo, se um duque doava um feudo a
um conde tornava-se suserano do conde e, este, seu vassalo. Se o conde, por sua
vez, doava parte do feudo recebido a um barão, este passava a ser seu vassalo.
O conde, portanto, era, ao mesmo tempo, vassalo do duque e suserano do barão.
Como muitas vezes o feudo era uma terra, aos poucos, o território da Europa
Ocidental foi se fragmentando. Com isso, os nobres se fortaleceram, os reis
carolíngios foram perdendo poder e o feudalismo se consolidou.
A
doação do feudo se dava por meio de um juramento
de fidelidade, ocorrido em uma cerimônia chamada homenagem na qual suserano e vassalo se comprometiam um com o
outro.
A
partir do juramento de fidelidade, suserano e vassalo passavam a ter também
obrigações um com o outro, seja prestando auxílio militar ou material, seja comparecendo
a um tribunal como testemunha de defesa. Na Europa medieval, cada senhor era
autoridade máxima em seu domínio: era ele que julgava as pessoas, aplicava as
penas, cobrava impostos, cunhava sua própria moeda, entre outros.
A sociedade feudal
No
ano 1.000 (século X), a sociedade da Europa Ocidental era formada basicamente
por três ordens, estamentos ou grupos sociais: os clérigos (os que oram), os
nobres (os que guerreiam) e os trabalhadores que, com seu serviço, sustentam a
todos. O que determinava o status social era o nascimento. A sociedade feudal
da Europa Medieval apresentava pouca ascensão social e quase não existia
mobilidade social, ou seja, a mudança de uma camada social para outra raramente
acontecia.
O Clero
O
clero era formado pelo papa, bispos,
abades, monges e párocos. Esses religiosos com exceção dos párocos, tinham
geralmente origem nobre e muitos deles possuíam grandes extensões de terras
trabalhadas por centenas e até milhares de camponeses. No século X, a Igreja
era dona de um terço das terras cultiváveis da Europa Ocidental cristã, sendo,
portanto, a maior proprietária de terras da região.
Como
os membros do clero não podiam se casar, não deixavam herdeiros, de modo que
seu patrimônio não era dividido. Isto ajudava a explicar por que a Igreja
acumulou riqueza a ponto de ser a instituição mais rica do Ocidente medieval.
O clero
era formado por dois grupos: o clero secular e o clero regular. O primeiro
vivia em contato com os fiéis, ensinava o Evangelho e cuidava dos bens da
Igreja. Na base da hierarquia do clero secular estava o pároco; no topo estava
o papa. Os integrantes do clero regular viviam em mosteiros, isolados do mundo,
e seguiam uma vida regrada pela oração e pela penitência. Eram os monges, que
também se dedicavam a copiar e estudar obras da Antiguidade pagã e cristã.
A Nobreza
Como
vimos, os nobres (reis, duques, marqueses, condes, viscondes, barões) se
ligavam uns aos outros por laços de dependência e fidelidade. A principal
atividade da nobreza era a guerra. E como os nobres tinham o monopólio das
armas, ofereciam proteção e, em troca, exigiam ser sustentados pelos
camponeses.
O
trabalho manual era visto pelos nobres como uma atividade indigna. As
principais ocupações da nobreza eram a guerra, as caçadas e os torneios, por
meio dos quais esperavam obter ganhos: o vencedor ficava com o cavalo e as
armas do vencido e, se conseguisse fazê-lo prisioneiro, exigia um resgate para
libertá-lo.
Os trabalhadores
O
trabalho na sociedade medieval europeia era realizado por servos, vilões e
escravos. Os servos da gleba (terra) eram assim chamados por encontrarem-se
presos à terra, isto é, por não terem liberdade para deixar o feudo em que
viviam e trabalhavam. Os servos realizavam as mais diferentes tarefas, como
arar, semear, colher, erguer moradias, realizar consertos, etc.
Os
vilões
eram camponeses livres que cultivavam pequenos lotes de terra de sua
propriedade. Como os atos de violência e as guerras eram comuns na época,
muitos vilões foram reduzidos a servos, entregando a um senhor seu lote de
terra em troca de proteção.
Havia
ainda os escravizados, trabalhadores que podiam ser vendidos ou doados e
faziam, geralmente, serviços domésticos nas habitações de seus senhores. Os
servos e os vilões trabalhavam de sol a sol. Apesar disso, eram muito pobres,
pois a maior parte das riquezas que produziam acabava nos celeiros ou na mesa
de seus senhores.
A economia
A
economia feudal baseava-se na agricultura (trigo, cevada, feijão, ervilha, uva)
e no pastoreio (bois, porcos, cavalos, carneiros e cabras). No feudalismo, a
unidade de produção era o senhorio (é uma terra que dá a seu detentor o direito
de cobrar tributos; já o feudo pode ser uma terra, um cargo ou um direito de
cobrar tributos. A unidade de produção no feudalismo é o senhorio).
As
terras do senhorio estavam divididas em três grandes áreas: O manso
senhorial (terras onde tudo o que se produzia era do senhor), o manso
servil (terras que os camponeses usavam para sobreviver e cumprir as
obrigações para com o senhor) e as terras comunais (florestas e
pastagens) usadas por todos os habitantes do feudo.
Em
troca do direito de usar a terra para seu sustento e da proteção senhorial, os
servos tinham uma série de obrigações para com o senhor. As principais obrigações
dos servos eram:
Corveia: obrigação de
trabalhar de graça para o senhor dois ou três dias por semana. Além de cuidar
das plantações do senhor, o servo devia construir ou consertar caminhos,
reparar pontes, cortar e carregar madeira, etc.; tudo o que o servo produzia
nesses dias era para o senhor.
Talha: obrigação de dar
para o senhor cerca de 30% ou 40% do que produzia no manso servil, lote
reservado ao seu próprio uso;
Banalidade: pagamento em
produtos que os servos deviam ao senhor pelo uso do forno, do moinho e das
prensas.
Além
dessas e outra obrigações menores, o servo tinha ainda de pagar o dízimo
(10%) da sua produção à Igreja.
O
senhorio produzia quase tudo de que os seus habitantes necessitavam: alimentos,
roupas, ferramentas, tecidos etc. vinham de foram apenas alguns produtos como o
sal, que é essencial à vida, e o ferro, para a fabricação de armas e
utensílios. Por isso se diz que a economia era quase autossuficiente. Na Europa
medieval, o artesanato e o comércio continuaram sendo praticados. O comércio,
porém, era restrito. Trocava-se, geralmente, um produto por outro, e a moeda
era cunhada no próprio feudo.
As
principais características do feudalismo são:
a)
relações baseadas na dependência e na fidelidade;
b)
poder político descentralizado (dividido entre diversos senhores, e não
concentrado no rei);
c)
predomínio do cristianismo;
d)
produção econômica voltada para a subsistência.
Responda
1)
Sobre a formação do feudalismo dê o significado dos seguintes termos:
a)
Feudo
b)
Suserano e Vassalo
2)
Após a morte do rei Carlos Magno, o que ocorre com os feudos distribuídos por
ele?
3)
Explique como ocorria a relação de suserania e vassalagem.
4)
Sobre a sociedade feudal, responda:
a)
De que forma se dividia a sociedade feudal?
b)
Fale sobre o clero.
c)
Quem eram os nobres?
d)
Como se dividiam os trabalhadores?
5)
Sobre a economia feudal responda:
a)
Em quais atividades de baseava a economia feudal?
b)
O que era o senhorio?
c)
Explique o significado de manso servil.
d)
O que eram as terras comunais?
6)
Em troca do direito de usar a terra para seu sustento e da proteção senhorial,
os servos tinham uma série de obrigações para com o senhor. Defina as
principais obrigações dos servos:
a)
Corveia
b)
Talha
c)
banalidade
d)
Dízimo
7)
Segundo a vários estudos sobre o período medieval, sabemos que o senhorio era
praticamente autossuficiente. Explique essa afirmação.
8)
Como era realizado o comércio na Europa Medieval?
9.
Sobre a origem do Feudalismo, é correto afirmar:
A
- Ele teve início ainda no Império Romano, durante o governo do imperador Nero.
B
- Ele começou no século XV, com o início das conquistas marítimas de Portugal e
Espanha.
C
- Ele teve início na África durante o século V e espalhou-se pela Ásia e Europa
no século VI.
D
- Ele começou a se formar na Europa no século V, com a invasão do Império
Romano pelos povos germânicos.
10.
Qual das alternativas abaixo apresenta características importantes do
feudalismo?
A
- Prevalência do trabalho assalariado; poder centralizado nas mãos do monarca;
uso de moedas em todos os feudos.
B
- Economia baseada na produção de mercadorias industrializadas; sistema de
eleições para a escolha dos governantes; prevalência do trabalho servil (dos
servos).
C
- Poder descentralizado (nas mãos dos senhores feudais); feudo como principal
unidade política, administrativa e econômica; prevalência do trabalho servil;
agricultura como base da economia.
D
- Economia dinâmica com muito contato comercial entre os feudos; poder nas mãos
dos cavaleiros medievais, divisão de terras igualitárias para todos do feudo.
A
- Ela era justa, pois todos possuíam os mesmo direitos e deveres.
B
- Ela era dinâmica, pois era muito fácil uma pessoa passar de uma camada para
outra superior.
C
- A maior parte da sociedade era composta por nobres (reis, senhores feudais,
cavaleiros).
D
- Ela era hierarquizada e com pouca mobilidade social. Havia os que trabalhavam
(servos camponeses), os que oravam (clero) e os que guerreavam (nobreza).
12.
Qual das alternativas abaixo apresenta importantes características da economia
feudal?
A
- A base era a agricultura e as relações comerciais ocorriam, principalmente,
através do sistema de trocas.
B
- A base era o artesanato e as relações comerciais ocorriam, principalmente,
através do sistema monetário (uso de moedas).
C
- A economia era controlada pelos servos, que detinham quase toda a riqueza da
Europa na época feudal.
D
- A terra tinha pouco valor, pois o comércio era a base da economia feudal.
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